A emenda foi rejeitada pela maioria dos vereadores na Casa Legislativa

Mesmo após o Sindicato de Pedagogos e Professores do Amazonas (Asprom Sindical) reivindicar, nesta segunda-feira (16), através do representante da categoria, Lambert Melo, o reajuste salarial de 10%, a base do prefeito David Almeida (Avante) rejeitou a proposta. A Prefeitura de Manaus propôs aumento de apenas 5,48%, porcentagem que a classe trabalhadora avaliou como desvalorização.
O vereador Zé Ricardo (PT) foi o autor da emenda, que visava garantir a valorização dos profissionais da rede municipal de ensino com a necessidade de reconhecimento ao trabalho, além da recomposição inflacionária. Porém, a emenda foi rejeitada pela maioria dos vereadores, integrantes da base do Executivo Municipal.
Para o autor da emenda, a rejeição escancara o descaso dos aliados do prefeito com a educação do município. O parlamentar ainda denunciou que a classe enfrenta perdas salariais, sobrecarga de trabalho e falta de estruturas nas escolas e que os 5,48% não cobrem nem a defasagem inflacionária dos últimos anos.
Reivindicação
O Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom Sindical) se manifestou nesta segunda-feira (16), na Câmara Municipal de Manaus (CMM), contra o Projeto de Lei 350/2025, que prevê reajuste salarial de 5,48% referente à data-base 2024/2025 para servidores da rede municipal de educação. A categoria exige um reajuste de 10%.
No total, nove projetos foram enviados para sanção do prefeito David Almeida (Avante) e aprovados em segunda votação na CMM. Entre eles, estava o que trata do reajuste dos profissionais da educação.
“Não queremos essa migalha. Queremos 10% de aumento salarial. Queremos a mesa de negociação. Queremos que o prefeito apresente uma contraproposta, e essa categoria se compromete, como sempre fez, a analisar com muito carinho, porque não somos intolerantes”, afirmou o representante da Asprom Sindical, Lambert Melo.
Durante a sessão, professores lotaram as galerias da CMM com cartazes com frases como “5,48% é desvalorização”, “Prefeito David Almeida, não seja autoritário” e “5,48% não!”, reivindicando valorização profissional.
Na tribuna, Lambert Melo destacou que o reajuste proposto foi rejeitado por unanimidade em Assembleia-Geral extraordinária e solicitou que o projeto fosse retirado da pauta de votação. “Estamos aqui hoje nessas galerias porque não queremos que esse projeto seja votado enquanto o prefeito não se indignar a apresentar uma contraproposta digna e decente”, declarou.
Ele reforçou que os profissionais da educação desejam o melhor para Manaus, mas que a valorização da categoria, com o reajuste de 10%, é essencial para garantir o bem-estar dos professores em sala de aula.